domingo, 29 de maio de 2011

O verdadeiro futebol total

Meu objetivo não é analisar a vitória de ontem do Barcelona sobre o Manchester United por 3x1, mas sim mostrar o crescimento da equipe catalã nos últimos 7 anos. Tempo em que o Barça deixou de ser uma equipe que vacilava nos momentos finais para uma equipe praticamente imbatível.

Vamos por partes então. O marco inicial desse time vitorioso veio com a contratação de Ronaldinho Gaúcho, vindo do PSG para ser o camisa 10 do time que estava apagado, entre os últimos da tabela do Campeonato Espanhol. Praticamente sozinho, o dentuço levou a equipe ao improvável vice-campeonato naquela temporada 2003-2004.

Quando um jogador começa a ir bem, o time também se ajusta. Muitos atletas encaixaram no time que estava sendo montado por Frank Riijkard. Chegaram Deco, Giuly e Van Bronckhorst. O título espanhol até veio, mas a decepção ficou na Champions League, com uma eliminação precoce diante do emergente Chelsea.

Na temporada 2005-2006, a consagração total. Ronaldinho, eleito na temporada anterior o melhor jogador do mundo, comandou a equipe que tinha no ataque o camaronês Eto’o e o sueco Larsson. No campeonato espanhol, a grandeza desse elenco se mostrou com a atuação de gala de Ronaldinho contra o Real Madrid, no Santiago Bernabeu, com a torcida madridista aplaudindo o brasileiro de pé. Na Champions, a vingança para cima do Chelsea, além da eliminação do Milan nas semifinais culminaram com o título em Paris, contra o Arsenal no gol histórico de Belletti.

As temporadas seguintes trouxeram decepções como a perda do Mundial de Clubes para o Inter e o bicampeonato espanhol do Real Madrid, mas serviram como laboratório para o novo camisa 10 da equipe, surgia Lionel Messi, a pulga argentina que começava a incomodar as defesas adversárias.

As três últimas temporadas do Barcelona mostraram o quanto a equipe se tornou superior ao comando de Josep Guardiola, ex-jogador da equipe. Dois títulos de Champions League, três espanhóis, um mundial de clubes e o pódio do melhor jogador do ano em 2010, com Messi, Xavi e Iniesta. Um time que perdeu peças como Eto’o, Henry e Ibrahimovic, mas que não deixou de jogar em alto nível, valorizando a posse de bola e o toque objetivo, para frente, que se olharmos as estatísticas, desde que Guardiola assumiu, o Barcelona jamais deixou de ter menos de 60% da posse de bola nas partidas.

E para se fazer o gol é necessária a posse da bola. Um time perigoso, envolvente e que acima de tudo, revela os atletas de ponta que estão em seu elenco.Messi, Xavi e Iniesta foram criados na base da equipe, sem contar Sergio Busquets, Bojan Krkic e Pedro Rodríguez. Sinais que um time campeão não se faz apenas com investimentos gigantescos. O investimento, bem direcionado, nas categorias de base rendem frutos, e, acima de tudo, títulos. Conquistas que fazem todos se renderem a um dos melhores times de todos os tempos, comparado ao Santos de Pelé.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mais do mesmo, vale a pena?

Tenho ouvido por aí especulações em torno de contratações do Brusque Futebol Clube. E nomes que já fizeram sua história no Estádio Augusto Bauer vêm sendo pedidos, principalmente pelos torcedores que os idolatram por suas passagens. Léo Maringá, Pantico, Rafael Xavier, Teco, Adans... Será que vale a pena trazê-los?

Quanto aos dois últimos, as contratações estão descartadas por problemas anteriores nas suas passagens no ano de 2006. Já Léo Maringá teve uma ótima passagem pelo Brusque em 2008 e 2009. Atleta que movimenta a bola e dá cadência ao jogo, mas tem um problema, a lentidão e a idade já um pouco avançada. Um time que tem jogadores rápidos, como Leandrinho, Vinicius e Lê não pode ser dar ao luxo de ter um meia que atue mais lentamente.

Dos nomes que citei, apenas Rafael Xavier teria condições de jogar no time do Brusque, sua velocidade e a boa fase que passou no São José-RS e que vem passando no Brasil de Farroupilha-RS o credenciam a voltar, além das duas excelentes passagens em 2008 e 2010.

Já Pantico é um caso a parte. Teve duas boas passagens pelo clube no ano passado. Mas alguns membros da diretoria são desfavoráveis a contratação por que o dizem que o atleta tem problemas de grupo. Dispensado pelo Joinville na manhã de ontem, ele chegou a negar uma proposta do Brusque semanas atrás. E também existe a história da Copa SC no ano passado, que Pantico entrou na segunda partida já negociado com o JEC e teria feito corpo mole, tanto que foi substituído por Ratinho no intervalo.

Por isso eu proponho uma reflexão por parte da torcida e da diretoria do Brusque, não seria tempo de renovação, como já foi feito em algumas épocas no elenco do Brusque? A contratação de novos atletas, e, principalmente a aposta em nomes desconhecidos do torcedor, como o atacante Lê e o volante Wellington Simião é válida, pois novos mercados estão sendo procurados para abastecer o clube com atletas de qualidade. Ou queremos ainda mais do mesmo?